Prejuízos do STF com voo rasante da FAB chegam a R$ 35 mil


A Força Aérea Brasileira (FAB) terá que desembolsar R$ 35 mil para arcar com a recuperação das vidraças do Supremo Tribunal Federal, destruídas após um voo de exibição de dois caças supersônicos Mirage F-200 e da Esquadrilha da Fumaça durante solenidade de troca da bandeira nacional na Praça dos Três Poderes, em Brasília. O incidente ocorreu por volta das 10h20 de domingo. A FAB abriu investigação para apurar as circunstâncias do incidente. O piloto responsável pelo voo foi temporariamente afastado das atividades aéreas. 
Foram 320 metros quadrados de vidraças danificadas, entre as quais 65 grandes janelas. Algumas salas foram atingidas, como o gabinete do presidente do Supremo, Ayres Britto, e outras do setor administrativo.
Os estilhaços dos vidros, no entanto, não atingiram móveis de algumas destas salas por causa das cortinas de proteção instaladas em todo o prédio.

A expectativa é que a troca dos vidros comece nesta terça-feira. Os trabalhos de substituição das janelas quebradas deve durar no máximo três semanas. Não existe, neste momento, possibilidade de um eventual adiamento do julgamento do mensalão, marcado para o dia 2 de agosto, por conta deste incidente.
O prédio do STF está parcialmente interditado. O presidente do Supremo foi obrigado a despachar em uma sala do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O órgão funciona no anexo I do Supremo. Ele é o único ministro que teve sua sala interditada após o episódio. Além do Supremo, o Palácio do Planalto também foi atingido após o incidente.
A Aeronáutica se disponibilizou a pagar pelo conserto dos vidros do STF, dos prejuízos do Palácio do Planalto e também de pessoas físicas. A FAB informou que oito pessoas, todas moradoras do Lago Sul, já entraram em contato pedindo reparação de prejuízos. Elas também tiveram janelas danificadas após o incidente.
As aeronaves sobrevoaram o STF a uma velocidade de 1.100 km/h. "Não houve quebra da barreira do som, mas o deslocamento de massa de ar foi suficiente para romper vidraças", informou a FAB nesta segunda-feira. "Vale salientar que todos os sobrevoos ocorreram em altitudes dentro das margens de segurança e não houve risco de acidente com as aeronaves', complementou a FAB.

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