Pela primeira vez no Grupo Especial, Inocentes de Belford Roxo contará a história da imigração coreana no Brasil


Há quem viva os 365 dias do ano à espera de um único momento, no Sambódromo. Nos bastidores do mundo do carnaval é assim: a mobilização é grande e bastante antecipada. Tudo para conquistar, na avenida, a simpatia do público e dos jurados e ouvir, durante a apuração, a tão desejada nota dez, em todos os quesitos.

Esta é a realidade da Inocentes de Belford Roxo, que vai estrear no Grupo Especial, em 2013, e está investindo em novidades.

Com uma releitura da logomarca — a união entre a pomba branca, dois corações e o pandeiro —, que traduz o desejo dos moradores do município, conhecido como a "cidade do amor": voar alto e, aos poucos, construir o ninho entre as campeãs.

— Estar no Grupo Especial mexeu com a nossa autoestima. Não pensamos pequeno, queremos é estar entre as seis melhores — destaca Wagner Gonçalves, de 33 anos, carnavalesco.

Com o enredo "As sete confluências do Rio Han- 50 anos de imigração da Coreia do Sul no Brasil", a agremiação, que completará 19 anos na quarta-feira, dia 11, promete luxo e modernidade.

— É tudo surpresa. Só podemos falar que o nosso carnaval será grandioso e vai sacudir a Sapucaí — diz Saulo Tinoco, de 46 anos, diretor de Harmonia.

Mistérios à parte, ele revela a receita do sucesso:

— União e profissionalismo são a base — diz.

Inovação e tradição

A aposta nos 50 anos da imigração coreana no Brasil promete ser o grande diferencial, segundo o carnavalesco Wagner Gonçalves. Em 2007, ele estava à frente da escola, e retornou este ano, quando a agremiação foi campeã do Grupo A, com o enredo "Corumbá - Ópera Tupi-Guaikuru".

O primeiro mestre-sala, Marcílio Diamante, é apontado como "pé quente". Ele, que vai para o segundo carnaval na Inocentes, terá a companhia da nova primeira porta-bandeira, Andressa Dornelles.

— As expectativas são muito grandes. Fui muito bem recebida e estou abraçando o pavilhão. Vamos em busca da nota dez — diz Andressa Dornelles.

E as mudanças não param por aí. Wagner Gonçalves diz que o número de componentes será ampliado: de 2 mil, no ano passado, para cerca de 3.800. Apesar das alterações, muitos elementos serão mantidos, assim como a tradição da escola.

— Nós vamos mostrar muita paradinha e cadência, pois essa é a grande bandeira que levantamos — ressalta o mestre de bateria, Washington Perez.

Fonte. Extra

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