Londres 2012: Diego Hypolito chora nova queda e eliminação no solo: 'Errei porque errei. Amarelei'



Diego Hypolito cai no tablado durante as eliminatórias do solo, em Londres
Diego Hypolito cai no tablado durante as eliminatórias do solo, em Londres Foto: DYLAN MARTINEZ / REUTERS


LONDRES - De novo. A queda, a frustração, as lágrimas, tudo aconteceu de novo. Diego Hypolito mais uma vez viu ficar no chão o sonho de uma medalha olímpica na ginástica artística, desta vez em Londres, na tarde deste sábado. Assim como em Pequim, há quatro anos, o brasileiro tombou, na segunda acrobacia da prova de solo. Caiu de frente no tablado, deixando ali a chance de classificação para a final. Na saída do ginásio, não conteve o choro. E não se perdoou.
-- Falhei de novo, caí de novo, decepcionei de novo. Caí de cara em mais uma Olimpíada. Não sei o que acontece comigo. Tantas pessoas me deram apoio e cheguei aqui e caí, mais uma vez de cara. Não errei por falta de incentivo, não errei por falta de investimento, não errei por falta de nada. Errei porque errei. Amarelei -- disse Diego.
O ginasta brasileiro terminou a competição, realizada na North Greenwich Arena, com a nota 13.766. Os oito primeiros classificados avançam para a final, sendo que a última série de eliminatórias será na noite deste sábado.
Em Londres, Diego Hypolito não era tão favorito a uma medalha como em Pequim-2008, quando chegou como bicampeão mundial de solo e caiu na final, acabando em sexto lugar. Mas o enredo teve o mesmo desfecho, e antes mesmo da decisão.
-- Foi a mesma passada em que caí este ano, na Croácia, quando voltei da cirurgia no joelho. Foi uma pirueta e meia de costas, duas e meia de frente. Na hora do impulso, minha perna fraquejou. Não sei o motivo. Pode ser que eu estivesse nervoso demais, não sei. Eu tinha condição de fazer uma boa série e não fiz -- afirmou o ginasta.
Abatido, Diego deixou bem claro o quanto será árduo o caminho até as Olimpíadas do Rio, em 2016:
-- É muito difícil saber até onde você vai aguentar. Vou sair daqui e vou ter que pensar bastante sobre até onde eu aguento, porque é muito difícil. Não seguir (a carreira) não passa na minha cabeça, mas sei que vai ser mais uma vez difícil. Consegui reconquistar a minha confiança, e isso leva tempo. Vamos ver -- disse, antes de, com lágrimas escorrendo pelo rosto, pedir para encerrar a entrevista.


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