Lobão detona Maria Gadú e a MPB em geral
POR LEANDRO SOUTO MAIOR
| Foto:Divulgação
Lobão é o tipo de artista para quem você faz apenas uma pergunta e ele já te dá uma entrevista completa. Era para falar de seus novos CD, DVD e livro, mas, verborrágico e provocador, ele não segura sua metralhadora giratória, e dispara em direção a alvos como Maria Gadú e a MPB em geral. Um polemista profissional. Sobrou até para o rock e a geração dos anos 80.
Essas e outras cobras e lagartos o roqueiro pretende reunir nas páginas de seu próximo livro, sucessor à bem-sucedida autobiografia ‘50 Anos A Mil’. “Vai ser um tipo de guia politicamente incorreto do metabolismo artístico do brasileiro. O nome será ‘O Manifesto do Nada na Terra do Nunca’, onde o nada sou eu e a terra do nunca é o Brasil”, conta, sobre a publicação prevista para sair em março de 2013. “Antes disso, no mês que vem, eu lanço meu novo CD e DVD, ‘Lino, Sexy & Brutal’. Foi masterizado nos estúdios de Abbey Road, em Londres. Vai trazer o registro de um show que fiz em 2011 no Palace, em São Paulo, bem no dia do heavy metal do Rock In Rio, só para provocar”.
Apesar do saudosista anúncio de resgatar o bom e velho LP, como foram os seus primeiros lançamentos, Lobão diz que está desapegado do passado. O show registrado em ‘Lino, Sexy & Brutal’ foca em suas composições mais recentes. “O repertório é basicamente o do meu disco ‘A Vida É Doce’ (1999) para a frente, e tem uma versão para ‘Ovelha Negra’, da Rita Lee, com participação do Luis Carlini, guitarrista dela na época. Claro que vai ter também ‘Me Chama’ e ‘Corações Psicodélicos’, além de ‘O Rock Errou’, que não tocava desde 1986, e outros desses sucessos que as pessoas querem ouvir”, detalha.
Lobão não está mesmo dando muita bola para os anos 80. “As pessoas acham que o rock nasceu nessa década. Na boa, da minha geração só se salvam Roger, Renato Russo, Cazuza, Julio Barroso e Edgard Scandurra. O resto era um bando de bundão imitando o U2, o Joy Division e o The Police. Uma década de cópias”, decreta Lobão.
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