HSBC é acusado de lavar dinheiro da droga e terrorismo



O relatório informa que o banco atuou como intermediário financeiro para clientes que receberam recursos provenientes de negócios ilegais.







O senado norte-americano acusou o maior banco da Europa, o HBSC, de lavar o dinheiro dos carteis do tráfico de droga e de fundos suspeitos do Irão, Arabia Saudita, Ilhas Caimão ou da Síria. É a segunda vez que o banco é acusado de contornar as regras para evitar o branqueamento do dinheiro dos cartéis ligados ao tráfico de droga.
Os executivos do HSBC, o maior banco europeu, ignoraram sistemáticos avisos de que estavam lavar dinheiro proveniente do tráfico de droga dos cartéis mexicanos e de fundos financeiros suspeitos de financiar grupos terroristas, de acordo com uma investigação do senado norte-americano cujo relatório foi divulgado esta segunda-feira.
Depois do banco ter emitido um comunicado, admitindo que não levou a sério os controles internos para examinar a proveniência do dinheiro, os executivos do HSBC deslocam-se quinta-feira ao Senado dos Estado Unidos para pedir desculpas pelas suas atividades.
O banco é acusado de ter movimentado milhares de milhões de dólares da sua delegação no México para os Estados Unidos, mais do que qualquer banco mexicano, apesar dos avisos das autoridades de que somas tão avultadas apenas poderiam resultar do tráfico de droga.
A agência do HSBC nas ilhas Caimão, sem escritórios ou funcionários, geria as contas de 50 mil clientes e movimentava 2100 milhões de dólares. A delegação do banco no México transferia regularmente notas em aviões para o Estados Unidos, um esquema que chegou a atingir 4000 milhões de dólares em 2008.
O HSBC não só contornou os requisitos legais para evitar a lavagem de dinheiro, como tudo fez para silenciar os avisos internos sobre a duvidosa proveniência do dinheiro. De acordo com o relatório, um dos executivos que se queixou, numa reunião da direção, sobre a insuficiência dos recursos alocados para investigar a origem do dinheiro foi despedido logo a seguir.
- A cultura do HSBC foi altamente contaminada por muito tempo – adiantou o senador Carl Levin, presidente da Subcomissão Permanente de Investigações do Senado dos Estados Unidos.
O relatório, de quase 400 páginas, é resultado de uma investigação de mais de um ano e que incidiu sobre a análise de 1,4 milhões de documentos e 75 entrevistas a dirigentes do banco e reguladores bancários. A acusação do senado não tem qualquer efeito criminal ou , mas Carl Levin diz que a regulação bancário deveria examinar retirar a licença bancária para operar nos EUA ao banco britânico.
É a segunda vez, nos últimos 10 anos, que o banco britânico é acusado de fechar os olhos ao dinheiro da droga e de contornar deliberadamente as regras para evitar a lavagem de dinheiro.

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