Comando Nacional de Greve confirma reprovação a reajuste Depois de reunião para avaliar proposta do governo, movimento diz que é hora de radicalizar




Manifestação de professores e alunos das universidades em greve na Avenida Rio Branco Foto: Carlos Ivan/12-06-2012
Manifestação de professores e alunos das universidades em greve na Avenida Rio BrancoCARLOS IVAN/12-06-2012
RIO — O Comando Nacional de Greve (CNG) esteve reunido, este fim de semana, em Brasília, para avaliar a proposta de reajuste apresentada pelo governo na sexta-feira. Em um comunicado especial, publicado na noite de ontem no site do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), o movimento reafirma que reprova a proposta e diz entrar num momento decisivo. No texto, o CNG avalia como tarefas prioritárias, a partir de agora, “manter a greve, intensificar a mobilização, radicalizar as ações de greve e manter a negociação”.
Durante esta semana, as universidades e institutos federais vão realizar assembleias locais para discutir a proposta. Cada uma deve repassar as deliberações para o comando nacional até sábado, quando o movimento se reunirá novamente para se preparar para o novo encontro com o governo, no dia 23.
— A força do nosso movimento fez com que o governo saísse da toca. Mas não tem nada fechado ainda. Apenas foi girada a roda da negociação. Agora vamos apresentar nossa contraproposta — diz Luiz Henrique Schuch, vice-presidente do Andes.

Representantes sindicais , no entanto, ficaram insatisfeitos com a oferta governamental por julgarem que não atende às reivindicações da categoria.Na sexta-feira, o governo federal apresentou uma proposta de reajuste para os professores universitários e das escolas técnicas. Para os docentes das universidades, o governo propõe aumento de até 45%. A remuneração de um professor com doutorado e dedicação exclusiva subirá de R$ 11,7 mil para R$ 17 mil em 2015. Nos institutos federais, o percentual pode chegar a 47,7%. O aumento se dará de forma escalonada, em três anos, a partir de 2013.
FONTE: O GLOBO

— O Comando Nacional de Greve fez uma análise preliminar da proposta. E a conclusão foi de que tudo não passou, na verdade, de uma construção midiática, onde o governo oferece um reajuste sem, no entanto, precisar colocar dinheiro. Pelo cálculo que fizemos, a maior parte dos prefessores vai chegar ao final de 2015, que foi o prazo estipulado para o término do pagamento do aumento, com uma perda de até 8,5% do poder de compra dos salários — diz Schuch.
Apesar das expectativas do sindicato de um novo acordo mais interessante para a categoria, a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, disse ao blog de Gerson Camarotti, no G1, que a proposta de sexta-feira é definitiva: “Essa não é uma proposta para negociação. Essa é a proposta do governo para valorizar a educação

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