As coisas acontecem mais ou menos assim...



Em ano eleitoral, geralmente os (as) gestores (as) que não trabalharam para desenvolver o município, adquiriram ao longo da gestão uma grande rejeição perante a população. Para readquirir o espaço perdido usam algumas táticas que se tornaram usuais na política brasileira.

De posse de uma pesquisa para consumo interno, primeiro enviam-se equipes nos locais mais críticos para saber quanto cada voto poderia custar. Essas equipes as vezes recebem nomes irônicos: "Equipe da esperança", "O futuro chegou", "Equipe da paz", coisas desse tipo. É a fase da sondagem. 

Na etapa seguinte, a terceira, as necessidades pessoais são atendidas com os próprios recursos dos impostos do cidadão, já que o dinheiro para isso é fruto de desvio de verba pública. Passa-se de volta nas localidades com o que foi se requisitado. Na grande maioria das vezes coisas insignificantes tipo: milheiro de telha, tijolos, saco de cimento, uma feirinha, etc. Essa fase é chamada desamuamento do eleitor.

Em um quarto momento, já tudo acertado, o (a) gestor (a) concorrente a reeleição passa na localidade para cumprimentar os eleitores comprados e sair na foto, é o momento do tapinha nas costas. Em um quinto momento, as concentrações do (a) candidato (a) antes rejeitado (a) começa a receber grande número de eleitores. A votação da concorrência começa a diminuir gradativamente.

Em um sexto momento, o (a) candidato (a) se reelege. Como gastou muito além da expectativa para sua reeleição, passa no mínimo três anos do mando retirando o que gastou com juros e correção monetária, para chegar com saldo a próxima campanha.

Em um sétimo momento, a miséria do povo aumenta cada vez mais. A localidade que alimenta esse ciclo vicioso e interminável não consegue desenvolver. Permanece no atraso eterno. O povo cada vez mais depende se torna um viciado nessa forma pregressa de se fazer política em nosso Brasil. “Só voto em quem me der alguma coisa”. Você já ouviu essa frase por ai em sua cidade?

Não vou falar aqui das fazes falam da humilhação que o povo sofre ao ir atrás de um remédio, de uma consulta, atrás de um emprego, atrás de uma vaga em uma escola para o (a) filho (a) dentre outras que retratam as reais necessidades do povo. Que são as que os políticos e as pessoas realmente deveriam lutar. A postagem iria ficar terrivelmente extensa. Aliás, é justamente nessa fase que cabem todos os momentos de vida e todas as outras fases.

Sem ter como exigir dos candidatos, já que vendeu o voto, o (a) cidadão (a) permanece inerte como verme sem visão, dependentes, sem perspectiva. Apreende com quem está no poder que todo político é farinha do mesmo saco. É incapaz de pensar em mudar pelo menos para fazer uma experiência. Essa é a triste realidade do modelo político que quase 98% dos partidos e políticos brasileiros usam para se manter no poder.

O povo por ignorância e miséria muito dificilmente consegue romper com essa forma de fazer política que destrói sonhos, destrói futuros, acorrenta, tornar o povo um bando de múmias sem pensamento próprio. Pobre eleitor. Não sabe o poder que tem na mão com o voto.

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