Arte de rua - grafite e pichação O que é grafite e pichação?




Grafite ou grafito (do italiano graffiti, plural de graffito) é o nome dado às inscrições feitas em paredes, desde o Império Romano. Considera-se grafiteuma inscrição caligrafada ou um desenho pintado ou gravado sobre um suporte que não é normalmente previsto para esta finalidade, porém com autorização do proprietário.Por muito tempo visto como um assunto irrelevante ou mera contravenção, atualmente o grafite já é considerado como forma de expressão incluída no âmbito das artes visuais, mais especificamente, da street art ou arte urbana - em que o artista aproveita os espaços públicos, criando uma linguagem intencional para interferir na cidade. Porém existe ainda quem não concorde e o equipare a mera pichação.Normalmente distingue-se o grafite, de elaboração mais complexa, da simples pichação, quase sempre considerada como contravenção. No entanto, muitos grafiteiros respeitáveis autores de importantes trabalhos em várias paredes do mundo admitem ter um passado de pichadores.
Pixação é o ato de escrever ou rabiscar sobre muros, fachadas de edificações, asfalto de ruas ou monumentos, usando tinta em spray aerosol, dificilmente removível, estêncil ou mesmo rolo de tinta.No geral, são escritas frases de protesto ou insulto, assinaturas pessoais ou mesmo declarações de amor, embora a pichação seja também utilizada como forma de demarcação de territórios entre grupos - às vezes gangues rivais.
História do grafite e da pichação 
Podemos dizer que o grafite e a pichação existem na humanidade desde tempos muito antigos, os homens pintavam as paredes das cavernas para representar sua vida e seu cotidiano. Com o passar do tempo o homem passou a utilizar destas “pinturas” para defender suas idéias fazer propaganda e até mesmo ofender seus inimigos um grande exemplo de cidade da antiguidade em que podemos observar esses precursores do grafite é Pompéia que foi outrora uma antiga cidade do Império Romano situada a 22 quilômetros da moderna Nápoles, na Itália, no território do atual município de Pompéia. A antiga cidade foi destruída durante uma grande erupção do vulcão Vesúvio em 24 de Agosto do ano 79 d.C.
A erupção do vulcão provocou uma intensa chuva de cinzas que sepultou completamente a cidade, que se manteve oculta por 1600 anos antes de ser reencontrada por acaso. Cinzas e lama moldaram os corpos das vítimas, permitindo que fossem encontradas do modo exato em que foram atingidas pela erupção do Vesúvio. Desde então, as escavações proporcionaram um sítio arqueológico extraordinário, que possibilita uma visão detalhada na vida de uma cidade dos tempos da Roma Antiga vale salientar que é possível observar até mesmo pichações feitas nas paredes das casas. Nesses muros estão referidos imensos ofícios e associações profissionais: alfaiates, professores, vendedores de roupas, jóias, frutas, taberneiros, cocheiros, pequenos proprietários de padarias e tabernas.
Partilhavam os momentos de lazer e os casais interagiam e o masculino, longe da autoridade e poder, construía-se em conformidade com o feminino.
Pompéia é hoje um museu a céu aberto e guarda imensas evidências materiais da participação feminina na dinâmica social e económica da cidade que vivia, não esqueçamos, sob o jugo do Império Romano sendo que, os historiadores concordam que à data se estava a assistir a um período de emancipação social e sexual das mulheres romanas, principalmente das aristocráticas.
E é neste universo de igualdade que os populares usavam os muros e as paredes para registarem fatos do seu quotidiano como anúncios, recados, insultos, sátiras a políticos e declarações amorosas do gênero:

-“Marcos ama Espedusa;”

-“Marcelo ama Pernestina e não é correspondido;”

Ou então:

-“Viva quem ama, morra quem não sabe amar! Duas vezes morra quem proíba o amor!”

- “Qualquer um que ama não deve se banhar em fontes quentes, pois ninguém que esteja escaldado pode amar as chamas”

Mas as paredes registavam também que as mulheres tomavam a iniciativa no campo amoroso:

- “Rogo-te. Desejo teu doce vinho e desejo muito. Colpurnia te diz Saudações”

- “Não vendo meu homem por preço algum”

Havia relações sólidas e duradouras como se percebe por estes escritos:

-“Segundo como Primigénia, de comum acordo”

- “Balbo e Fortunata os dois em comum”

Vénus, a deusa do amor, foi nomeada a protectora da cidade quando da sua anexação ao Império Romano e por isso ela está presente em muitos escritos:

- “Se tem alguém que não viu a Vénus que pintou Apeles, que olhe a minha garota: é tão bonita quanto ela”

Foram catalogadas até agora quase 15.000 grafites (de “graphium”, o instrumento utilizado para escrever, feitos de metal com uma ponta dura capaz de marcar a parede fazendo sulcos) mas o seu número é muito maior e estavam espalhados por todo o lado, nas paredes das casas, edifícios públicos, tabernas, locais de trabalho, etc. Os grafites eram tantos que a cidade tinha que passar por “limpezas” periodicamente para apagá-las.
Pessoal isso é uma amostra do que virá na feira de ciências do CNSP e se preparem que em breve postarei algo sobre a dança de rua!

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