A prefeitura de Belo Horizonte fica na tarde desta quinta-feira (05/07), sem comando.


Acordo Lacerda-Aécio deixa BH sem comando
PETISTAS QUE OCUPAM POSTOS-CHAVE NA PREFEITURA ENTREGAM CARTA DE DEMISSÃO AO PREFEITO DA CAPITAL MINEIRA, QUE OPTOU PELO ALINHAMENTO COM AÉCIO NEVES (PSDB) E ROMPEU COM O PT. ENTRE OS DEMITIDOS, ESTÁ O SECRETÁRIO DE FINANÇAS, JOSÉ AFONSO BICALHO. ELE E O PROCURADOR-GERAL MARCO ANTÔNIO REZENDE FARÃO A TRANSIÇÃO COM A NOVA EQUIPE; LEIA CARTA
Fonte: Heberth Xavier_247 
 A Prefeitura de Belo Horizonte está esvaziada e sem boa parte do seu corpo técnico. A decisão do prefeito Marcio Lacerda (PSB) de não aceitar a coligação do seu partido com o PT na chapa de vereadores, com o consequente rompimento entre as duas legendas, levou vários técnicos e secretários ligados ao PT a deixarem a prefeitura.
A decisão da saída, em bloco, foi anunciada por volta das 14h desta quinta-feira. O presidente da Prodabel, Paulo Moura, entregou ao prefeito uma carta que explica as razões da saída. O documento, obtido com exclusividade pelo 247, é assinada pelos demissionários petistas. “As opções políticas explicitadas nos últimos dias não nos deixam alternativa a não ser a de entregar os cargos neste momento, em caráter irrevogável”, diz um trecho da carta. Em seguida: “Por uma questão de responsabilidade profissional e compromisso com a cidade, colocamo-nos à disposição de V. Exa. para indispensável transição”.
Entre as saídas, a que mais surpreendeu Lacerda foi a do secretário de Finanças, José Afonso Bicalho. Pela importância do cargo, o prefeito chegou a pedir-lhe que repensasse a decisão. Bicalho manteve o pedido de demissão, mas ficará temporariamente na prefeitura, juntamente com o procurador-geral Marco Antônio Rezende - os dois farão a transição.
A conversa de Lacerda com seus colaboradores na PBH - agora, ex-colaboradores - foi tensa e provavelmente foi o momento mais difícil do prefeito no cargo desde a sua posse, em janeiro de 2009. Em determinado momento, o prefeito do PSB cobrou dos petistas o fato de não ter sido defendido por eles no auge da disputa com o vice-prefeito Roberto Carvalho. Em novembro do ano passado, a mando de Lacerda, vários dos assessores que atuavam na vice-prefeitura foram exonerados. A decisão tornou ainda mais turbulenta a relação entre Lacerda e Carvalho, que na época classificou o ato como “desleal” e “desrepeitoso”.
Paulo Moura, da Prodabel, foi quem respondeu à cobrança de Lacerda, alegando que todos os petistas que naquele momento estavam deixando a PBH eram amigos pessoais de Roberto Carvalho. Alguns deles, acrescentou, não são mais, devido aos conflitos com o prefeito.
Além de Moura e Bicalho, deixaram o primeiro escalão do governo Lacerda: Jorge Nahas, secretário de Políticas Sociais; Murilo Valadares, secretário de Obras e Infraestrutura; Macaé Evaristo, secretária de Educação; Paulo Bretas, secretário de Planejamento; Fernando Rios, presidente da Fundação Parques e Jardins; Saulo Amaral, ouvidor-geral do município; Claudius Vinicius, presidente da Urbel (Companhia Urbanizadora e de Habitação de Belo Horizonte); Marco Antonio Resende, procurador-geral do município; e Thaís Pimentel, presidente da Fundação Municipal de Cultura.
Outro posto vago na PBH é o de secretário de Esportes e Lazer, ocupado por Zito Vieira, do PCdoB. Os comunistas decidiram nesta quinta-feira deixar a chapa de apoio à reeleição de Lacerda e entraram na coligação chefiada pelo petista e ex-ministro Patrus Ananias.
Leiam a carta:

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