Xuxa revela que foi abusada sexualmente na infância


Foto: Reprodução de TV
No quadro "O que vi da vida", do "Fantástico", a apresentadora Xuxa revelou que foi abusada sexualmente quando era criança até os 13 anos.  "Pelo fato de eu ser muito grande, chamar a atenção, eu fui abusada. Eu sei o que uma criança sente. A gente sente vergonha, a gente não quer falar sobre isso. A gente acha que a gente é culpada".
Segundo ela, mais de uma pessoa a violentou e teve medo de contar para o pai e para a mãe. "Eu não me lembro direito porque eu era muito nova, eu me lembro do cheiro. Tinha cheiro de álcool, tinha cheiro de alguma coisa e eu não sei quem foi. E depois aconteceram muitas vezes. Parou aos 13 anos, quando eu consegui fugir. Agora tem essas coisas que pra mim doem, me machucam, me dá vontade de vomitar. Quando eu lembro que tudo isso aconteceu e eu não pude fazer nada porque eu não sabia, eu não tinha experiência. O que uma criança pode fazer? Eu tinha medo de falar pro meu pai e meu pai achar que era eu que estava fazendo isso. Porque uma das vezes que aconteceu foi com o melhor amigo dele, que queria ser meu padrinho. Eu não podia falar pra minha mãe, porque uma das vezes também foi com um cara que ia casar com a minha avó, mãe dela. Então, a errada era eu. Eu não tinha experiência, não sabia o que era. Professores. Um professor chegou pra mim e disse: ‘Não adianta você falar porque entre a palavra de um professor e de um aluno eles vão acreditar no professor, não no aluno. E até hoje, se você me perguntar por que aconteceu comigo, eu ainda acho que foi por minha culpa. E a gente não pode pensar assim. Porque a criança não tem culpa, a criança não sabe. O cara, o adulto, o homem, a mulher, a pessoa que faz isso com uma criança sabe, mas a criança não."

Xuxa acredita que essas experiências podem ter contribuído para a dificuldade em relacionamentos. "Por que eu não consigo ficar muito tempo com uma pessoa? Quem sabe não foi por isso que vivi? Deve ter a ferida ali".

Por tudo o que viveu, a apresentadora diz que apoia a campanha Não bata, eduque. "Quando me chamaram pra fazer a campanha do ‘Não bata, eduque", que seria tentar mudar a cabeça das pessoas. E descobri que as crianças que estão na rua, 80% das pessoas que estão nas ruas se prostituindo - a palavra nem seria essa, porque elas não sabem o que estão fazendo -, roubando, se drogando, sofreram algum tipo de abuso dentro de casa. Algum tipo de violência dentro de casa que fez com que ela saísse. (...) Isso me dá um embrulho no estômago porque eu consigo não só me colocar no lugar delas, como eu abracei essas causas todas porque eu vivi isso!

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