Segurança da Conferência Rio+20 envolverá efetivo de 15 mil profissionais





Um efetivo de 15 mil profissionais será responsável pelo esquema de segurança da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável – Rio+20, que será realizada entre os dias 13 e 22 de junho, no Rio de Janeiro.

Desse contingente, 8 mil são militares das Forças Armadas – Marinha, Exército e Aeronáutica –, que atuarão no comando da proteção de 114 chefes de Estado e de Governo e dos locais de realização dos eventos, como Riocentro e Aterro do Flamengo, além da rede hoteleira, portos e aeroportos do Rio.

Os detalhes do planejamento foram apresentados nesta segunda-feira ao ministro da Defesa, Celso Amorim, pelo comandante Militar do Leste, general Adriano Pereira Junior, a quem cabe coordenar todo o processo durante a realização do evento das Nações Unidas.

De acordo com o plano, das 114 delegações estrangeiras confirmadas até o momento, 21 receberam a classificação de alto risco e vão merecer reforço na segurança. Outras 40 são de risco médio e 53 de baixo risco. Está prevista a participação de 120 países.

“Foi feito um planejamento muito detalhado, um grande número de pessoas presentes e equipamentos para que toda a conferência ocorra de maneira mais tranquila. Virão, inclusive, alguns efetivos de fora do Rio, como a Aviação do Exército de Taubaté e a Brigada de Operações Especiais, de Brasília”, disse o ministro Celso Amorim.

Para monitorar os deslocamentos das autoridades e ter amplo controle dos pontos que terão eventos da Rio+20, foi montado o Centro de Coordenação de Operações de Segurança no prédio do Comando Militar do Leste (CML). O centro mantém um link com cerca de 500 câmeras da CET-Rio para acompanhamento, em tempo real, das principais vias da capital fluminense.
Plano de segurança

Para apresentar o esquema de segurança, o general Adriano reuniu no auditório do CML autoridades militares e civis envolvidas no processo. Na oportunidade, o ministro Amorim, acompanhado do chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, general José Carlos De Nardi, e do comandante do Exército, general Enzo Peri, obtiveram os detalhes do planejamento.

As ações vão começar no dia 5 de junho, data em que o Departamento de Segurança das Nações Unidas e as Forças Armadas assumem o controle do espaço onde se desenvolverá a conferência. As tropas militares e civis terão participação conjunta das Forças Armadas, Polícia Rodoviária Federal, 

Polícias Federal, Militar e Civil, além do Corpo de Bombeiros e Guarda Municipal.
Na área do Riocentro, 1,2 mil homens da 4ª Brigada de Infantaria Motorizada e 548 policiais federais atuarão em conjunto com a segurança das Nações Unidas. Os pavilhões 4 e 5 – locais em que ocorrerão as reuniões plenárias e onde será instalado o gabinete da presidenta Dilma Rousseff – merecerão maior atenção do aparato militar.

Para evitar um possível ataque ao sistema de comunicação, foi montando no local da conferência equipamento do Centro de Defesa Cibernética (CDC), que vai operar no sentido de evitar ataques de hackers. O sistema de defesa foi projetado para reagir a tentativas de desconfiguração de páginas oficiais do evento, ataques cibernéticos à infraestrutura e vazamento de informações sigilosas.
Aeroportos

Ao longo da apresentação do plano de segurança, foi detalhado o sistema de tráfego aéreo no Aeroporto Internacional Tom Jobim. O pátio de manobra do aeroporto tem espaço para 63 aviões e, se não for suficiente, há possibilidade de deslocamento para a Base Aérea de Santa Cruz. Para assegurar o fluxo de pouso e decolagem de aeronaves, em determinado momento da operação será efetuada intervenção para os voos comerciais.

“O plano de segurança que foi apresentado é bastante detalhado e segue as orientações passadas pela presidenta Dilma”, afirmou o ministro Celso Amorim. “Tudo está devidamente preparado. Acho que a gente vai ter um grande evento”, concluiu.

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