Dólar sobe e já vale R$ 2,05; Ibovespa começa o dia em queda Na Europa, Bolsas operam em alta, mas perderam um pouco o fôlego após leilão de títulos da Espanha




SÃO PAULO - O dólar comercial abriu os negócios desta terça-feira em queda, mas inverteu o sinal e passou a operar em alta. Por volta de 10h57m, a moeda americana se valorizava 0,63% cotada a R$ 2,057 na compra e R$ 2,058 na venda. Na contramão dos mercados europeus, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), abriu em queda e, no mesmo horário, operava em queda de 0,97% aos 56.041 pontos. Na segunda, o Ibovespa fechou com alta de 3,81%, quase zerando as perdas no ano. A queda acumulada até agora é de 0,29%.
Na segunda, o dólar fechou em alta de 1,33% cotado a R$ 2,044 na compra e R$ 2,046 na venda. No mês, a moeda americana tem valorização de 7,30% e no ano, a alta é de 9,52%.
- Na minha avaliação, a alta do dólar reflete o jogo artificial entre players do mercado, não correspondendo ao ambiente macro. Por isso, acredito que ele deve ceder rapidamente. Espero mais intervenção do Banco Central via swap cambial no curto prazo - avalia o economista Darwin Dib, da CM Capital Markets.
No mercado doméstico, a inflação medida pelo Indice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) acelerou para 0,51% em maio, taxa superior aos 0,43% registrados em abril. O mercado esperava uma lata de 0,57%. No ano, o indicador registra inflação de 2,39%, abaixo do apurado no mesmo período de 2011, quando o indicador estava em 3,86%.
Na Europa, as Bolsas operam em alta, mas perderam força após um leilão de títulos da Espanha, em que os invetsidores exigiram taxa de juro mais alta do que na venda anterior. Também o rebaixamento do rating do Japãopela agência de classificação de risco Fitch pesa na agenda dos investidores. Há pouco, o índice Ibex, da Bolsa de Madri, subia 1,41%; o Dax, da Bolsa de Frankfurt, se valorizava 0,94%; o Cac, da Bolsa de Paris, tinha ganho de 1,10% e o FTSE, do pregão de Londres, subia 1,05%.
Nos EUA, os índices acionários abriram o pregão desta terça-feira em alta. Há pouco, o Dow Jones subia 0,04%, o S&P 500 ganhava 0,18%, e o Nasdaq avançava 0,14%, a 2.851,25 pontos.
A Espanha vendeu 2,526 bilhõesde euros em títulos de três e seis meses, com yields (retorno ao investidor) maiores do que no leilão realizado há um mês. O Banco Central da Alemanha (Bundesbank) anunciou nesta terça-feira que emitirá na quarta-feira bônus no valor de cinco bilhões de euros a dois anos com taxa de juros de 0%. Desde o início da crise do euro, a Alemanha disponibiliza títulos com um rendimento muito baixo, enquanto outros membros da Eurozona devem pagar altas taxas de juros. Os títulos alemães são os mais seguros da zona do euro.
A Fitch cortou o rating em moeda estrangeira de longo prazo do Japão de AA para A+. A agência informou que o rebaixamento reflete os crescentes riscos para o perfil de crédito soberano do Japão, resultado da alta e crescente dívida pública. A dívida do país, em 200% do Produto Interno Bruto (PIB) anual, é a maior do mundo.
- O rebaixamento da nota japonesa por parte da Fitch demonstra que, novamente, as agências de classificação de risco possuem um timing muito ruim para analisar e divulgar o resultado destas avaliações - diz relatório da corretora Cruzeiro do Sul.
Os investidores aguardam a reunião de líderes da União Europeia, nesta quarta. Há expectativa de que sejam anunciadas medidas de estímulo ao setor bancário da região e também em relação à Grécia. O mercado aguarda o posicionamento de França e Alemanha que têm visões diferentes sobre como estimular a economia para criar empregos e aumentar a competitividade.
Além disso, a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) divulgou um estudo em que aponta uma retração de 0,1% do Produto Interno Bruto (PIB) do bloco europeu este ano, com a expectativa de um crescimento de 0,9% em 2013. Segundo o estudo, a zona do euro "permanece como a mais importante fonte de riscos para a economia global".
A imprensa chinesa informa que o governo quer acelerar a aprovação de projetos de infraestrutura, bem como agilizar a alocação de fundos destinados à construção – tudo isso para aquecer a demanda agregada.
Isso fez as Bolsas asiáticas fecharem em alta, antes da Fitch rebaixar o rating do Japão. No Japão, o índice Nikkei apresentou alta de 1,10%, a 8.729 pontos. Na Coreia do Sul, o índice Kospi, da Bolsa de Seul, fechou com avanço de 1,64% a 1.828 pontos. Na China, o índice Xangai Composto apresentou alta de 1,07%, a 2.373 pontos enquanto o Hang Seng, de Hong Kong, fechou com avanço de 0,62%, a 19.039 pontos.
FONTE : O GLOBO

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