Brasil ressalta importância do multilateralismo na Rio+20

O Brasil declarou nesta terça-feira (22) que as Nações Unidas deve converter a Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20) em "uma festa do multilateralismo como forma legítima para discutir e resolver os problemas globais".


Mas assegurou que "nada será atingido senão inspirarmos à sociedade civil", cuja participação é fundamental para fazer realidade a promessa do desenvolvimento sustentáveis.

Essa postura dos anfitriões da conferência do Rio de Janeiro foi exposta nesta terça-feira na ONU, pelo subsecretário-geral de Meio Ambiente, Energia, Ciência e Tecnologia, Luiz Alberto Figueiredo Machado.

Ele leu uma mensagem do ministro de Relações Exteriores, Antonio Patriota, aos participantes do debate O caminho para a Rio+20 e além, promovido pela ONU.

Ele apontou que os governos sozinhos poderão fazer muito pouco e assegurou que a sociedade é o principal ator na solução dos problemas e no caminho para o desenvolvimento sustentável.

O representante brasileiro advertiu que o mundo e as novas gerações atravessam uma crise global múltipla em matéria ambiental (clima e biodiversidade), econômica (economia e finanças) e social (emprego e desigualdade).

Todas são resultado de modelos de desenvolvimento que não foram capazes de resolver a crise e alimentam outras novas, sublinhou, ao criticar "o caminho fácil das soluções de austeridade", a redução da cooperação e o protecionismo.

Figuereido advertiu que "estão repetindo erros do passado" e ressaltou a importânci do investimento em crescimento, inovação, criação de trabalho decente e educação.

Diante desse panorama, defendeu o desenvolvimento de uma perspectiva de longo prazo focada no desenvolvimento sustentável e é "aí é onde a Rio+20 é um fator importante."

Figueredo Machado observou que a conferência "vai ser construída sobre os alicerces da Cúpula da Terra (1992), mas também sob um novo ponto de vista e perspectivas", com atores diferentes em direções diferentes.

No entanto, insistiu que  a declaração feita há 20 anos e a Agenda 21 desenhada  continuam sendo atuais.

"Temos de ser ambiciosos para o futuro, mas sem retroceder com relação a esses princípios anteriores. Os ideais de duas décadas atrás, ainda nos guiam", disse ele.

O representante brasileiro também destacou a participação cada vez mais ativa dos países em desenvolvimento nas mudanças que o mundo precisa, especialmente em termos de inclusão social e erradicação da pobreza.

Esses Estados contribuem para estimular a demanda global e o crescimento econômico global e estão se tornando os motores da prosperidade, disse ele.

Fonte: Prensa Latina

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