Alimentos básicos volta a subir na maioria das capitais brasileiras.


Alimentos básicos voltam a subir na maioria das capitais. Imagem: Felipe Castro/Esp. DP/D.A Press/Arquivo
Felipe Castro/Esp. DP/D.A Press/Arquivo

Em abril, ao contrário do que ocorreu no mês anterior, quando predominou o recuo nos preços, o conjunto de produtos alimentícios essenciais teve alta em 15 das 17 capitais onde o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica. As maiores elevações foram apuradas para Manaus (3,80%), Fortaleza (3,54%), Natal (2,93%) e Salvador (2,84%).

As duas capitais onde ocorreu retração nos preços foram Rio de Janeiro (-1,83%) e Belo Horizonte (-0,82%). São Paulo, onde os produtos básicos custaram em média R$ 277,27, continuou a ser a capital com a cesta mais cara, seguida por Porto Alegre (R$ 268,10), Manaus (R$ 267,19) e Vitória (R$ 262,14). Os menores valores foram encontrados em Aracaju (R$ 192,52), João Pessoa (R$ 216,95), Salvador (R$ 217,92) e Fortaleza (R$ 218,87).

Para estimar o valor do salário mínimo necessário, o Dieese leva em consideração o maior custo para o conjunto de itens básicos - que em abril foi verificado em São Paulo - e o preceito constitucional que estabelece que o menor salário pago deveria suprir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.

Para atender a essas necessidades, em abril, o salário mínimo deveria ser de R$ 2.329,35, o que corresponde a 3,74 vezes o mínimo em vigor, de R$ 622. Em março, o valor do menor salário deveria ser de R$ 2.295,58, ou 3,69 vezes o mínimo vigente, enquanto em abril de 2011 era estimado em R$ 2.255,84, o que representava 4,14 vezes o mínimo de então, de R$ 545.

Variações acumuladas
Apesar da tendência, em abril, de alta na cesta, em seis localidades a variação acumulada no custo dos produtos essenciais nos quatro primeiros meses é negativa, com as maiores quedas registradas em Vitória (-4,81%), Goiânia (-4,60%) e Rio de Janeiro (-4,13%). Os maiores aumentos, no período, foram apurados em João Pessoa (6,24%), Natal (6,15%) e Aracaju (5,65%). Em São Paulo, a variação é nula.

Em doze meses, entre maio de 2011 e abril último, apenas três cidades apresentam variação acumulada negativa: Natal (-1,74%), Rio de Janeiro (-1,22%) e Goiânia (-0,76%). Já as maiores elevações foram encontradas em capitais do Norte e Nordeste, como Recife (10,86%), João Pessoa (9,14%), Manaus (7,77%), Belém (7,35%) e Salvador (7,15%).

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