Comentários de alguns mestres de bateria sobre o assassinato de mestre Marcone Sacramento da Imperatriz Leopoldinense


foto: Diego Mendes
Alguns mestres de bateria comentaram sobre a perda lastimável que o mundo do samba sofreu, na noite deste domingo, com o assassinato de Marcone Sacramento, ex-mestre de bateria da Imperatriz Leopoldinense. 
Muito abalados com o acontecimento, o comandante da bateria Furiosa do Salgueiro, Marcão, e Paulinho, que ao lado de Wallan coordena a Swingueira de Noel, da Vila Isabel, lamentaram o ocorrido e ressaltaram a qualidade do músico, assim como a importância que ele teve para a bateria da verde e branca de Ramos durante sua passagem pela agremiação.
foto: Diego Mendes"Essa notícia é lamentável. É uma perda muito grande e ficamos sem ter o que comentar. Não sabemos o que aconteceu na sua vida particular, ele também teve problemas com a escola e agora precisamos aguardar o desfecho disso tudo", opinou Paulinho.
"Marcone era um ícone da nova geração. Ele tinha um futuro brilhante e garantido pela frente e teve essa morte prematura. No início de sua carreira, tive a oportunidade de passar alguns ensinamentos teóricos para ele, se tornou um verdadeiro talento e o samba perdeu um grande mestre de bateria. Desejo que ele descanse em paz e que Deus conforte todos os amigos que ele deixou, assim como todos os seus familiares. A vida tem que seguir", completou o mestre da Vila Isabel.
Mestre Marcão aproveitou o momento para destacar o amor que Marcone tinha pela bateria da Imperatriz.
"O Marcone era um garoto, um menino simples, fácil de conviver. Sempre tivemos muito respeito um pelo outro, e todo ano tentávamos conciliar nossos desfiles para estarmos juntos. Sempre que ele podia, estava comigo nas campeãs. Era um grande amigo, muito sincero. O samba perde muita coisa. Era um maestro, um amigo", lembrou Marcão, emocionado.
foto: Diego Mendes"Ele deu uma identidade à bateria da Imperatriz, criou o nome que leva até hoje, que é a 'Swing da Leopoldina'. Essa bateria era a "menina dos olhos" dele. Lembro dele muito no início de tudo, ainda muito tímido, e eu pude dar uma força. Mas Deus sabe o que faz, e, infelizmente, ele se foi dessa forma. Que isso sirva de lição para as pessoas, e que este não seja apenas mais um caso de assassinato e fique impune", pediu.
Marcone tinha 32 anos e comandou por 5 anos a bateria da Imperatriz Leopoldinense.

Comentários

VEJA AS DEZ POSTAGENS MAIS VISITADAS NOS ÚLTIMOS 7 (SETE), DIAS